"Insistir, Persistir, Nunca Desistir" – Cláudio Clarindo

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BRM300 – Itaúna/MG – Inconfidentes Pedalantes Clube Randonneur

Olá meus amigos, depois de um certo tempo sem escrever até parece algumas ferrugens… E é claro que depois de pedalar meu primeiro BRM (“Brevet Randonneur Mondiaux”) de 300 quilômetros não sairia sem uma resenha, mais simples, porém, registro válido!!!

BRM300 - Itaúna

Trajeto e Altimetria

Como o de costume, a prova na verdade começa bem antes do dia em que realmente saio pedalando por aí, ou seja, na semana da mesma a correria é para que a lista de detalhes tenha todos os itens cumpridos. Esta lista é praticamente dotada de itens como: Revisão da Bicicleta, Equipamentos de Segurança, Peças, Roupas, Reserva de Hotel, Alimentação etc. E a surpresa da vez, foi a necessidade de comprar um colete térmico, o que pode ser usado em caso de emergências (hipotermia, por exemplo) quando a noite vier e a temperatura ambiente e do ciclista baixar a níveis de atenção – com isso comprei o importante item!!! Na mesma loja, pude comprar algumas bolsas de quadro para poder levar mais suprimentos, afinal, agora são 300 quilômetros – diferente do que eu já estou acostumado ao enfrentar os 200 e não levar muita coisa (onde vale a regra: Menos é Mais).

Pois bem, no que tange a estratégia para a prova, eu cheguei a esboçar duas sabendo do limite de 20 horas para cumprir a prova. Assim como na primeira vez que fiz o BRM200 (tempo limite de 13h30min) e a terminei quase no tempo limite, a primeira estratégia para o BRM300 foi a de não se importar com o tempo e simplesmente pedalar, nem que fosse próximo das 20 horas para completar, assim poderia curtir mais e aproveitar tudo o que esse tipo de prova exige!!! A outra estratégia que pensei foi a de tentar completar entre 16 e 17 horas, com base no ritmo que tenho nas distâncias inferiores; uma vez que a largada estava marcada para as 08h00, a pretensão (segunda) era de chegar até 01h00 da manhã do dia seguinte. Enfim, ainda na segunda opção, a ideia seria de manter algo em torno de 20km/h de média, já considerando todas as paradas nos PCs (carimbo no passaporte), assim como, PCFs (para fazer as fotos pedidas pela organização), e eventuais paradas (pneu furado, comprar água e comida)… Lembrando que o limite de tempo é global de prova.

Antes de partir para Itaúna/MG, ficou aquela indagação financeira: vou um dia antes (mesmo após a faculdade que termina às 22h30) para dormir na cidade da largada/chegada, ou deixo tudo pronto e saio às 05h30 para encontrar com a galera antes da largada, fazendo check-in no hotel e vistoria dos equipamentos antes da largada?!?!? Uai, economizaria um dia de hotel, então: após dormir bem e tomar um café em casa, saí de Belo Horizonte/MG na manhãzinha mesmo!!! Só um detalhe: precisava abastecer e só fui encontrar um posto na Rodovia Fernão Dias (acontece).

SPZ Roubaix SL4 Comp Disc (2015)

Specialized Roubaix SL4 Comp Disc (2015)

A viagem foi tranquila e conforme esperado, cheguei em tempo de me apresentar no hotel, fazer a vistoria, colocar tudo em ordem e antes da largada ouvir o Briefing feito pelo amigo Andrei!!! Vale lembrar que os ciclistas neste dia, na sua maioria estavam fazendo a prova BRM600 para serem considerados “Super Randonneurs” (bacana demais) – de conhecido por mim estava o Tatuí (Stevão Gomide), este pedala pra caramba!!!

Largada

Momento antes da largada com os ciclistas participantes. Foto: Andrei.

Largada ao PC1 (68,5km) – às 08h00 partimos todos juntos da Praça da Matriz na cidade de Itaúna/MG com destino ao PC1 no Restaurante Balaio de Minas, em Marilândia/MG, no km 68 da prova. No meio do caminho passamos por Divinópolis/MG (terra do grande Randonneur Daniel Nelore – quem não o conhece, procure saber: pedala muito), e claro, não podia deixar de registrar, nunca vi tanto sobe-desce na minha vida após Divinópolis/MG!!! Neste intervalo me ocorreu que precisava esvaziar a bexiga: não existe alívio maior – dois litros a menos de peso pra carregar!!! Bom, vamos ao que interessa: após 02h45min cheguei ao PC1, onde com alegria encontrei o Nelore para carimbar o passaporte, também comi uma coxinha com Coca-Cola, abasteci a garrafinha de água, paguei a conta e parti para o PCF1.

PC1 - Restaurante Balaio de Minas

PC1 – Restaurante Balaio de Minas @ 68,5km

PC1 ao PCF1 (81,7km) – Após uns 20 minutos no PC1 fomos todos saindo com destino ao primeiro PC Fotográfico, no caminho para Cláudio/MG. E assim continuou o sobe-desce, e neste trecho fomos alertados pelo Nelore que havia um ponto conhecido por Rampão, e realmente o nome condiz com a experiência vivida na ida e na volta!!! Com a galera se dispersando mais, praticamente haviam duplas/trios pedalando juntos, e sempre com alguém na vista do horizonte. Sem muito “Lero-Lero”, após uns 50 minutos chegamos para fazer a fotografia (autorretrato) no Posto Beira Rio (na BR 494)!!!

PCF1 - Posto Beira Rio

PCF1 – Posto Beira Rio @ 81,7km

PCF1 ao PCF2 (98,2km) – Agora de maneira ainda mais isolada, cada ciclista foi no seu ritmo para chegar à cidade de Cláudio/MG, onde seria feito o segundo registro fotográfico deste BRM300. Não conhecia essa região de Minas Gerais ainda, mas achei muito prazerosa a pedalada no também sobe-desce que tinha pela frente!!! Uma parte com pista duplicada, onde além do acostamento havia uma faixa exclusiva para ciclistas – fica a dica governantes!!! Como era feriado de 7 de setembro, muitos estudantes nas ruas, que mesmo nos chamando de bicicleteiros ainda ajudaram a nos orientar na cidade para encontrar o caminho que o mapa deu uma saída (pedia para entrar numa rua que não existia, mas enfim, randonneur tem que saber se virar)!!! E assim foi, após mais uns 50 minutos pedalando chegamos à Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição em Claúdio/MG para também registrar o autorretrato desta passagem. Aqui cabe um detalhe: não me atentei a abastecer a garrafinha de água quando tive a oportunidade em Cláudio/MG – me desculpa o político romano, mas aqui o erro foi Crasso.

PCF2 - Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição

PCF2 – Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição @ 98,2km (Cláudio/MG)

PCF2 ao PC2 (127km) – lembram-se do PC1? Pois bem, agora era voltarmos para o mesmo, no Restaurante Balaio de Minas, em Marilândia/MG. E conforme dito anteriormente, esqueci de comprar água, neste trecho fui administrando até a quantidade de goles que dava, e para piorar (pelo horário) na metade do dia a temperatura estava em torno de 35°C – haja controle nessa hora!!! Querem dificuldade? Lembram do Rampão!?!? Lá estava ele, naquele lugar esperando por nós, naquele calor infernal, e pensando no Biafra cito: “Subir, subir, ir por onde for”!!! Só assim mesmo para ir vencendo numa prova longa os desafios que surgem. E após 01h20min de pedalada após Cláudio/MG, enfim, com garrafa vazia e sede, cheguei ao PC2 para ter meu passaporte carimbado, sendo filmado pelo amigo Andrei, a fome apertada após quase 6 horas de pedal completados naquele momento. Ali praticamente todos se encontraram, com boas conversas, dicas de como levar em frente a prova (e aqui guardo uma dica onde o Nelore me fez lembrar um grande ciclista que não está entre nós – Cláudio Clarindo – o fato de fazer pequenas provas dentro de uma de longa distância, dividindo a mesma em metas curtas, ajuda o psicológico nas horas mais difíceis, e isto é fundamental). Tenho aqui a proposta aqui de relatar as coisas boas e acontecimentos comigo, portanto, não relatarei inconvenientes como o ocorrido no Restaurante Balaio de Minas (informarei apenas a equipe da organização da prova, caso precisem da opinião), dito isto, seguimos em frente, afinal, para quê estamos na estrada senão pedalar!!! Para não cometer a estupidez de não comprar água, dessa vez, além de encher a garrafinha, comprei dois Gatorade e coloquei as mesmas nos bolsos da camisa, mesmo sabendo que iria esquentar, enquanto elas estavam geladas aliviam minha lombar!!!

PC2 - Restaurante Balaio de Minas

PC2 – Restaurante Balaio de Minas @ 127km (Marilândia/MG)

PC2 ao PCF3 (190,4km) – Bom, de barriga cheia todos somos felizes. E agora o destino será Perdigão/MG. Pelo mesmo sobe-desce que nos levou à Marilândia/MG, voltamos a Divinópolis/MG seguindo para o PCF3 em Perdigão/MG, naquela tarde quente da região Oeste de Minas!!! A caminho de Perdigão/MG, trecho que eu conheci no BRM200 de 2017 fui administrando as pernas, pois começaram a dar sinais de cãibras. E também num ritmo solitário, pois agora não se via mais ninguém, segui em frente com as minhas conversas comigo mesmo, narrando minha corrida e viajando na maionese!!! Teve até um lugar, que realmente agora não lembro o nome, quando fui comprar água vi que tinha pouco dinheiro em espécie e logo perguntei ao vendedor: “Boa tarde, o senhor aceita cartão?!?”, resposta curta e rápida: “Não” – e aqui fica mais uma lição: a de não esquecer de levar dinheiro em espécie o suficiente para os momentos de emergência!!! O pior que tentei sacar na noite anterior, mas o Caixa 24h não tinha mais dinheiro; deixei para o dia seguinte e acabei me esquecendo… Bom, segue o pedal!!! No km 172 era o momento de pegar a MG 252 sentido Perdigão e pelo conhecido lugar, bonito por sinal, estava chegando a hora do pôr-do-sol, e o registro na memória é indescritível – mesmo tendo que pedalar forte pra fugir de dois cachorros raivosos a solta na beira da estrada (quase cãibra dessa vez). Com muita alegria, após quase 03h30 pedalando 63km, cheguei já no início do anoitecer à Perdigão/MG para o autorretrato em frente à Igreja Matriz da cidade. Aqui novamente perguntei aos comerciantes sobre a existência de máquina de cartão, e nada. Mas tinha o suficiente para o que vinha pela frente: o próximo PC, de número 3!!!

PCF3 - Igreja Matriz de Perdigão

PCF3 – Igreja Matriz de Perdigão @ 190,4km (Perdigão/MG)

PCF3 ao PCF4 (230km) – Boa notícia!!! Lembram das quase-cãibras?!? Com o pôr-do-Sol, a temperatura baixou gradativamente a partir de então, e em ritmo leve, afinal, eu conhecia pedalar e me poupar para pedalar 200km, e já estava prestes a completar essa distância sabendo que vinham mais 100km pela frente, elas (as quase-cãibras) praticamente desapareceram. Conforme o trecho anterior, sigo solitário na prova, afinal, não via ninguém pedalando, uma porque a galera do BRM600 que foram para Perdigão/MG seguiram em frente para outro destino, e no BRM300 que eu estava fazendo não tinha ideia de onde estavam o pessoal (apenas sabia que haviam dois guerreiros a minha frente). Mas algo aconteceu, no meio daquela pedalada noturna, onde eu tinha apenas a visão do que o meu farol iluminava (além, é claro, de olhar para trás no meio daquele breu ver as estrelas brilhando forte), num desses pontos onde um carro ou outro o ultrapassa, passou um colega randonneur no sentido contrário, infelizmente não sei quem era, mas o suficiente para saber que é gente boa, pois ouvi um famoso: “Ooooba”, em meio a tudo aquilo!!! A vantagem desse trecho era que na sua maioria seriam descidas maiores, e nelas pude descansar as pernas à medida que a temperatura baixava. E de volta à BR 494 parei no trevo para ajustar alguns detalhes: comer e beber, ajustar as luzes e pronto!!! Mas nem um minuto depois parei novamente, pois na primeira descida o frio apareceu cortando!!! Assim não dá, não é mesmo!?!? Hora de colocar os manguitos e pernitos de frio, fechar o corta-vento refletivo e na cor amarela (desta maneira não há como não ser visto na beira da estrada)!!! E neste trecho para chegar à BR 262, vários pontos onde o acostamento estava trepidante e sujo, sendo necessário pedalar na pista de rolagem mesmo, e em certos momentos haviam sim acostamentos lisos como todo randonneur sonha!!! Como disse anteriormente, fazer 200km eu sabia, agora era aprender a fazer os 300km – e dessa maneira tudo era aprendizado em meio à beleza de se pedalar a noite, ouvindo sons estranhos no meio do mato, aquele eterno entra e sai do acostamento, céu estrelado, buzinadas pelas costas, farol alto dos carros que vinham no outro sentido… Ai, ai, isso é o que representa o famoso jogo-da-velha: #AERP (se não souberem como eu não sabia, perguntem-me o significado)!!! E enfim, chego a BR 262 que conheço de alguns pedais anteriores, a diferença que agora o pedal é noturno e já estou com mais de 222 km nas pernas!!! Tranquilamente e cansado fui até o PCF4, na Rodoviária de Nova Serrana/MG, onde por uns 10 minutos comendo um salgado e tomando uma Coca-Cola estiquei as pernas, e claro: perguntei e a resposta foi SIM (aceitam cartão)!!! O psicológico agora informa: falta apenas 70km. Com isso em mente, nem lembrava do PC3, que só percebi que no momento relax de 10 minutos, olhei no grupo do Whatsapp, que o grande ciclista Leandro Rangel lá se encontrava (se soubesse antes, deixaria o abastecimento para ser feito lá), mas enfim, pedal que segue!!! Acabei comprando água e um pacote de bolacha recheada pra acompanhar a noite!!!

PCF4 - Rodoviária de Nova Serrana

PCF4 – Rodoviária de Nova Serrana @ 230km (Nova Serrana/MG)

PCF4 ao PC3 (231km) – Tão perto que se eu não olhasse no celular eu poderia ter passado reto. E aqui fica a dica, sempre é bom olhar as informações da planilha, checar as baterias dos equipamentos eletrônicos e ser feliz!!! A passagem pelo PC3 foi mesmo para dar aquele cumprimento ao Rangel, conversa breve com dicas boas e ter o passaporte carimbado para seguir em frente. Destino: PCF5 em Pará de Minas/MG.

Foto meramente ilustrativa

Foto meramente ilustrativa para mostrar a condição de iluminação na estrada (esta foi tirada logo após escurecer, às 18h46min com 208km pedalados).

PC3 ao PCF5 (272,9km) – Foi nesse trecho onde senti mais o peso da primeira vez, mesmo conhecendo a estrada duplicada e seu bom acostamento, onde é muito seguro pedalar (até mesmo a noite, por que não!?). A salvação foi que tinha bastante água e passatempo no bolso!!! O desgaste real começou a aparecer justamente no intervalo que possui as subidas finais de todo BRM300 (se repararem o diagrama de altimetria, é nos 50km finais que a prova exige completa concentração e força). Posso dizer que a partir do km 261 comecei a fazer as paradas por dores na perna esquerda (esta que acostumei a apoiar mais quando em pé na bicicleta) – praticamente a cada 20 minutos parava-respirava-esticava-comia-bebia!!! Nessa hora pensei no que disse lá no PC2 o Nelore (lembrando Clarindo), várias provas curtas dentro de uma longa facilitam as coisas, ou seja, a partir de então comecei a separar os 40km finais em 4 provas de 10 km!!! Era até engraçado misturar a meta do PCF5 com as “mini-provas” de 10 km!!! Quando dei por mim já estava no PCF5 para novamente registrar um autorretrato em frente à Rodoviária de Pará de Minas/MG. Claro: parei-respirei-estiquei-comi-bebi!!!

PCF5 - Rodoviária de Pará de Minas

PCF5 – Rodoviária de Pará de Minas @ 272,9km (Pará de Minas/MG) – baixa condição de luminosidade.

PCF5 à Chegada (299,3km) – E na minha cabeça, comecei a pensar de outra maneira, e pode parecer bizarro para quem não conhece Belo Horizonte/MG, mas faltando menos de 30 km para terminar, comecei a comparar com o pedal que estaria fazendo na cidade, ou seja, saindo de casa no Barreiro, num bate e volta até a Praça da Estação era o que me faltava!!! Eeeeita: mais uma coisinha para entreter minha cabeça nos quilômetros finais!!! Mesmo sabendo que tinha a famosa subida antes de chegar à Itaúna/MG. Mas assim fui pedalando… Neste trecho final não poderia deixar de lembrar do amigo de Conselheiro Lafaiete/MG, o Everton Paiva, que no BRM200 me acompanhou exatamente neste trecho, aliás, pra falar a verdade desde Nova Serrana, mas neste final, foi onde conversamos bastante sobre diversas coisas boas, teve o pôr-do-sol naquela prova, a descida (quase) final, mas looooonga e divertida!!! Saudades do amigo que espero vê-lo em breve num BRM por aí!!! Como disse, Biafra foi lembrado neste trecho também ao subir-subir!!! E enfim, chegou a uma descida longa, que acredito ter feito a mesma em oração, afinal, não vinham carros praticamente o tempo todo, então me mantive na pista de rolagem!!! Não estava veloz dada a limitação de visibilidade, mas feliz por estar consciente e com as pernas cansadas e quietas sem comprometer o pedal final!!! Num sobe-desce que vocês já devem ter cansado de ler, imaginem eu que pedalei, a felicidade de passar em frente à Universidade de Itaúna era o prenúncio da chegada: falta pouco “b.a.r.a.l.h.o.”. Bom, assim fui, de boas e feliz até chegar à Praça da Matriz de Itaúna/MG, após 299,7 km pedalados, num tempo global de 17 horas (sendo quase 16 horas em cima da minha Roubaix), mas algo aconteceu: “Cadê o pessoal!?!?”

Enfim, aqui termino o relato, conforme disse anteriormente, a intenção desta resenha era mesmo o de compartilhar com vocês toda minha experiência de participar pela primeira vez em um BRM300, aqui organizado pelos amigos da Inconfidentes Pedalantes Clube Randonneur – os pontos negativos e detalhes do ocorrido na chegada, se for do interesse de alguém, é só me perguntar… Aos amigos organizadores, se quiserem, conversamos sobre o mesmo.

BRM300 de Itaúna: Concluído.

Medalha Final do BRM300 de Itaúna/MG.

Posso dizer que, ao final de tudo o que foi descrito acima, fiquei muito feliz em superar esse grande desafio, que acabou no limite da segunda estratégia, se lembram!?!? Completei em 17 horas. Talvez, tenha sido o fato de saber que poderia completar em 20 horas, que fez com que eu seguisse em frente, e aqui cito outras duas frases do eterno Cláudio Clarindo que fizeram com que eu realmente fosse até o fim: “Todas as vitórias ocultam uma renúncia”, e a que me inspira muito: “Insistir, Persistir, Nunca Desistir”.

Com essa lembrança aproveito para agradecer à minha esposa Beta, que só ela sabe o que passamos para eu poder sair de casa e praticar um esporte que “tanto curto – quanto longo”!!! (Beta, te amo). Aos amigos de treinos nos dias que nos encontramos e/ou coincidimos nas ruas e estradas por aí!!! Aos grupos de pedais onde inevitavelmente aprendemos muito com histórias de outros ciclistas, e aqui cito: 100% Speed na Estrada, V3 Team, Pelotão Tereza Cristina (recém-criado, prestigiem, conheçam a turma boa) e MTB Barreiro; sem esquecer das eternas lições que tive ao conhecer os amigos de Santos/SP. Por mais simbólico que seja, a uma medalhinha especial de Nossa Senhora Aparecida, que me acompanhou durante todo trajeto me protegendo. Aos colegas da PUC Minas, que mesmo aceitando minhas loucuras ainda me ajudam com a faculdade!!! Enfim, o meu agradecimento pelas orações, pela torcida, por realmente acreditar nos meus desafios.

Muitíssimo obrigado a todos!!!

Sempre em frente,

Alessandro Martins.

 

Na Estrada com o tio Nilton

Que felicidade encontrar o tio Nilton Lago pedalando na BR 262 sentido BH!!! Pedal de 3 dígitos: outro nível!!! E ele pedala muito.

PS: Na viagem de volta tive o imensurável prazer de encontrar um grande amigo pedalando na BR 262 sentido Belo Horizonte/MG. O tio Nilton Lago, com o uniforme da V3 Team (a mesma que usei no BRM300)!!! Bacana demais!!!

Informações extras:

Dados finais do BRM300

Distância: 299,71km

Tempo Global: 17h05min

Velocidade Média: 18,8km/h

Altimetria: 3.856m

Calorias: 7.868 cal

Temperatura: 9°C (noite) / 36°C (dia)

Ritmo Cardíaco Médio: 141bpm

Bicicleta: Specialized Roubaix SL4 Comp Disc (2015)

GPS: Garmin Edge1000

Faróis: Garmin Varia Head e Tail

Bolsas: BTWIN

PowerBank: Sony (10.000mAh)